De qualquer viagem, ainda que pequena, regresso como de um sono cheio de sonhos – uma confusão tórpida, com as sensações coladas umas às outras, bêbados do que eu vi.
Para o repouso falta-me a saúde da alma. Para o movimento falta-me qualquer coisa que há entre a alma e o corpo ; negam-se-me, não os movimentos, mas o desejo de os ter.
Muita vez me tem sucedido querer atravessar o rio, estes dez minutos do Terreiro do Paço a Cacilhas. E quase sempre tive como que a timidez de tanta gente, de mim mesmo e do meu propósito. Uma ou outra vez tenho ido, sempre opresso, sempre pondo somente o pé em terra de quando estou de volta.
Quando se sente de mais, o Tejo é Atlântico sem número, e Cacilhas outro continente, ou até outro universo.
Para o repouso falta-me a saúde da alma. Para o movimento falta-me qualquer coisa que há entre a alma e o corpo ; negam-se-me, não os movimentos, mas o desejo de os ter.
Muita vez me tem sucedido querer atravessar o rio, estes dez minutos do Terreiro do Paço a Cacilhas. E quase sempre tive como que a timidez de tanta gente, de mim mesmo e do meu propósito. Uma ou outra vez tenho ido, sempre opresso, sempre pondo somente o pé em terra de quando estou de volta.
Quando se sente de mais, o Tejo é Atlântico sem número, e Cacilhas outro continente, ou até outro universo.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisDIHyuW9BCXerYH0r_FNtpZTdrmR0OYWVsRFeZ2N_s_KtyytfkOQlCqvgo__eMA2TQUp9BwZekMkZ8tqLWYUEOC2BcqeKYtfQAAuOx2mCva61S9DtLjUKZCS-FrEF7ONskISgLDoBJUI/s0/0027-Bernardo+Soares.png)
Post a Comment