Tudo quanto de desagradável nos sucede na vida – figuras ridículas que fazemos, maus gestos que temos, lapsos em que caímos de qualquer das virtudes – deve ser considerado como meros acidentes externos, impotentes para atingir a substância da alma. Tenhamo-los como dores de dentes, ou calos da vida, coisas que nos incomodam, nos são externas ainda que nossas, ou que só tem de supor a nossa existência orgânica ou que preocupar-se o que há de vital em nós.
Quando atingimos esta atitude, que é, em outro modo, a dos místicos, estamos defendidos não só do mundo mas de nós mesmos, pois vencemos o que em nós é externo, é outrem, é o contrário de nós e por isso nosso inimigo.
Quando atingimos esta atitude, que é, em outro modo, a dos místicos, estamos defendidos não só do mundo mas de nós mesmos, pois vencemos o que em nós é externo, é outrem, é o contrário de nós e por isso nosso inimigo.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisDIHyuW9BCXerYH0r_FNtpZTdrmR0OYWVsRFeZ2N_s_KtyytfkOQlCqvgo__eMA2TQUp9BwZekMkZ8tqLWYUEOC2BcqeKYtfQAAuOx2mCva61S9DtLjUKZCS-FrEF7ONskISgLDoBJUI/s0/0027-Bernardo+Soares.png)
Post a Comment