(para Odylo e Nazareth)

Por ser quem era e filho de quem era,
Eu queria-lhe bem. Pouco eu sabia
Do que no coração ele trazia.
Era discreto. A sua primavera

Não gritava. Tranqüilo em sua espera,
Não se apressava. O que é que pretendia?
Fazer o bem aos outros, e o fazia:
Pelos que amava tudo, e a vida, dera.

E a noite veio em que, quando contente
Findava ele o seu dia, a sorte fera
Lhe surgiu de improviso pela frente.

E o que pelos que amava a vida dera,
Pela que amava a deu valentemente,
Por ser quem era e filho de quem era.

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